Frederico Haikal
Construção civil
O setor da cosntrução civil projeta crescimento de 4,5% em 2013

A venda de imóveis novos em Belo Horizonte caiu 22,02% até outubro, na comparação com igual período do ano passado. De acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) de Minas Gerais, divulgado ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscom/MG), de janeiro a outubro deste ano foram vendidas 2.326 novas unidades na capital, o que representou um retorno aos níveis do ano 2000.

A avaliação dos empresários da construção é a de que o recuo verificado em 2012 é uma acomodação do mercado, que viveu um boom entre 2008 e 2010, com aumento dos lançamentos e disparada dos preços. Para o presidente do Sinduscon, Luiz Fernando Pires, o menor dinamismo não significa uma tendência.

Fatores como o pleno emprego, crescimento da renda, demanda por infraestrutura e déficit habitacional deverão manter o setor aquecido. Para 2013, o Sinduscon projeta um crescimento de 4,5%.

“Estamos aguardando a regulamentação das medidas anunciadas pelo governo federal na expectativa de que, ainda que tardiamente, o estímulo a investimentos proporcione mais equilíbrio ao mercado”, afirmou Pires.

Somente a Caixa Econômica Federal passará a operar uma linha de financiamento para capital de giro com recursos de R$ 2 bilhões, voltada para empresas com faturamento anual de até R$ 50 milhões. Além da injeção de recursos para investimentos e financiamento imobiliário, o setor será beneficiado com a desoneração da folha de pagamentos e a redução de tributos.

Ritmo

Neste ano, analisa o economista do Sinduscon, Daniel Furletti, a construção civil se ressentiu com a redução de investimentos, mas conseguiu manter o ritmo de crescimento em função das obras vinculadas aos eventos esportivos. Além das reformas dos estádios do Mineirão e Independência e da execução de várias obras viárias de porte, 40 hotéis estão sendo construídos na cidade.

Apesar da queda da atividade econômica, o setor deverá fechar o ano com um índice de 2% de crescimento no país, o dobro da estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Em Minas, a projeção é de crescimento de 4,6% .

A geração de empregos no setor, avalia Pires, não deixa dúvidas quanto à recuperação. Enquanto o país reduziu em 12,04% o número de vagas com carteira assinada, em Minas houve crescimento de 32,45% e, na região metropolitana de Belo Horizonte, aumento de 28,78% de janeiro a outubro deste ano comparado ao mesmo período do ano passado.

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